Entre os pontos que chamam mais a atenção neste novo plano apresentado pela família controladora Nielson é em relação ao pagamento de dívidas trabalhistas.
Os débitos para com os funcionários ou ex funcionários segundo a Busscar estão em torno de R$ 115 milhões. A companhia propõe pagar esta quantia em forma de ações da empresa. No total, os funcionários podem chegar a ter 12% da encarroçadora pela proposta.
O juiz Maurício Cavalazzi Povoas questionou a forma de pagamento dos débitos trabalhistas da antiga proposta. O magistrado não aceitou o parcelamento em 36 meses, sendo que legalmente, as dívidas em relação aos trabalhadores devem ser acertadas em até um ano depois do início de recuperação judicial, que, no caso da Busscar, teve início em 31 de outubro do ano passado.
Ainda de acordo com a nova proposta, os trabalhadores terão seis meses de carência para começarem a receber. Nos seis meses seguintes receberiam um sexto do valor a que têm direito e o restante em ações, que podem ser negociadas. Esta proposta vai ser analisada pela 5ª Vara Cível de Joinville, cidade sede da Busscar.
De acordo com a empresa, os funcionários que aderirem não vão assumir as dívidas da companhia. A Busscar ainda garante que quem não quiser, tem a opção de recompra obrigatória pela encarroçadora. Mas neste caso, a dívida trabalhista seria considerada quitada e o recebimento deste dinheiro da recompra já não estaria sujeito às leis trabalhistas em caso de empresas em recuperação judicial.
O caso será analisado pelo novo juiz que assume o processo, Gustavo Marcos de Farias, que será responsável pela 5ª Vara Cível.
Fonte: Canal do Ônibus