De acordo com o Setor de Licitação da Prefeitura de Mossoró, a Sesutra (Secretaria dos Serviços Urbanos, Trânsito e Transporte Público) ficou responsável pela elaboração de um estudo que poderá confirmar ou não a alegação de empresas, que afirmam não ter condições de disponibilizar ônibus com ar condicionado com o preço da tarifa estabelecido em, no máximo, R$ 1,85. “Só após a conclusão do estudo, o executivo municipal poderá reabrir a concorrência pública”, diz Marcos Fernandes, diretor de compras da PMM.
Entenda o impasse: A licitação foi remarcada para o dia 11 deste mês. No entanto, nenhum representante de companhia interessada em atuar no segmento compareceu para defender proposta referente à concessão, impedindo que fosse apresentado o resultado da concorrência pública.
Procurado pela reportagem do Correio da Tarde, no referido dia, o diretor de compras destacou que a determinação do preço da tarifa e a exigência de circulação de ônibus com ar condicionado teriam motivado as empresas a não participar da reunião. “As empresas podem estar alegando que o custo-benefício não daria para atender aos requisitos”, destacou.
Francisco de Assis, presidente do Sintrom (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Mossoró) foi ouvido pelo CT. Ele disse que, desde 1989, o sistema de transporte coletivo da cidade é precário.
“São os estudantes que seguram as empresas de ônibus em Mossoró. O número de passageiros é baixo e não oferece condições de investimento. Por isso, diante das exigências, acredito que o processo de licitação ainda vai se arrastar por um bom tempo”, destacou.
Fonte: Correio da Tarde