
“Houve um compromisso do Ministério Público com o Município para que dentro desses projetos para as obras de mobilidade urbana e os estudos ambientais que estão sendo feitos tivese uma fase em que a população pudesse participar, ouvir, questionar, criticar, e então criou-se essa audiência púbica”, explicou o promotor de justiça e meio ambiente Márcio Luiz Diógenes.
Apesar da presença de representantes da Associação Potiguar dos Atingidos Pela Copa (Apac), Comitê e Movimento Popular, um espaço para que eles tivessem a palavra só foi aberto durante a apresentação da pauta da reunião, onde o regimento foi alterado após protestos dos moradores presentes. “Como nós imaginávamos, a reunião está sendo presidida pela Semurb e Semopi. Ao observar o regimento, nós notamos que não havia espaço para as soluções alternativas. Então, para solucionar essa lacuna, ficou decidido entre o plenário e a mesa que após a apresentação do projeto de mobilidade urbana, cada um teria um espaço de 15 min para falar”, explicou um dos coordenadores do Comitê Popular da Copa e Conselho Estadual de Direitos Humanos da OAB, Marcos Dionísio.
Com a pauta “Apresentação do projeto e estudos ambientais das obras de mobilidade urbana, no complexo viário da urbana”, o tema desapropriação ainda era o mais aguardado pelas famílias presentes. Antônio Fernandes, 65, morador do Bairro Nordeste, diz ter se decepcionado com o encontro. “Eu não estou achando correto porque não estamos tendo uma resposta definitiva sobre o assunto. Eles tratam de outros temas, mas os problemas de desapropriação a gente não está tendo nenhuma resposta ainda. Eu achei que essa reunião ia trazer alguma resposta para nós, mas até aqui nós estamos do mesmo jeito que estávamos”, afirma.
Após a apresentação das secretarias, foram ouvidos Heloisa Arruda, coordenadora da Apac, Hélio Miguel, do Comitê Popular e Rosa Maria Pinheiro, do Movimento Popular, que apresentaram, cada um em 15min, suas críticas ao projeto.
Fonte: DN Online