Após uma manhã de discussão sobre as obras do Complexo Viário da Urbana para a Copa de 2014, o próximo passo será de avaliação das propostas e da viabilidade dos projetos, de acordo com a titular da Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infra-estruturade (Semopi), Teresa Cristina Vieira Pires. A audiência realizada na manhã da última sexta-feira (22) no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure) foi proposta pelo Ministério Público Estadual em maio deste ano, afim de promover um diálogo entre Semob, Semurb, associações populares e moradores.
“Houve um compromisso do Ministério Público com o Município para que dentro desses projetos para as obras de mobilidade urbana e os estudos ambientais que estão sendo feitos tivese uma fase em que a população pudesse participar, ouvir, questionar, criticar, e então criou-se essa audiência púbica”, explicou o promotor de justiça e meio ambiente Márcio Luiz Diógenes.
Apesar da presença de representantes da Associação Potiguar dos Atingidos Pela Copa (Apac), Comitê e Movimento Popular, um espaço para que eles tivessem a palavra só foi aberto durante a apresentação da pauta da reunião, onde o regimento foi alterado após protestos dos moradores presentes. “Como nós imaginávamos, a reunião está sendo presidida pela Semurb e Semopi. Ao observar o regimento, nós notamos que não havia espaço para as soluções alternativas. Então, para solucionar essa lacuna, ficou decidido entre o plenário e a mesa que após a apresentação do projeto de mobilidade urbana, cada um teria um espaço de 15 min para falar”, explicou um dos coordenadores do Comitê Popular da Copa e Conselho Estadual de Direitos Humanos da OAB, Marcos Dionísio.
Com a pauta “Apresentação do projeto e estudos ambientais das obras de mobilidade urbana, no complexo viário da urbana”, o tema desapropriação ainda era o mais aguardado pelas famílias presentes. Antônio Fernandes, 65, morador do Bairro Nordeste, diz ter se decepcionado com o encontro. “Eu não estou achando correto porque não estamos tendo uma resposta definitiva sobre o assunto. Eles tratam de outros temas, mas os problemas de desapropriação a gente não está tendo nenhuma resposta ainda. Eu achei que essa reunião ia trazer alguma resposta para nós, mas até aqui nós estamos do mesmo jeito que estávamos”, afirma.
Após a apresentação das secretarias, foram ouvidos Heloisa Arruda, coordenadora da Apac, Hélio Miguel, do Comitê Popular e Rosa Maria Pinheiro, do Movimento Popular, que apresentaram, cada um em 15min, suas críticas ao projeto.
Fonte: DN Online