Na Zona Norte, as avenidas Fronteiras, Tocantínea e Moema Tinoco têm buracos que estão fazendo aniversário neste primeiro semestre de 2012. “Já tem mais de dois anos que tem esse buraco ai. A gente perdeu a esperança”, reclamou a dona de casa Dulcina Alves, moradora do conjunto Pajuçara. Na Avenida Tocantínea, próximo a uma parada de ônibus, o tráfego de pedestres, carros e motos representa um risco a quem circula na área por causa do grande número de buracos e poças d’água. “Sempre ocorre acidentes aqui. A gente se livra de um buraco e cai noutro”, relatou o motorista Augusto Medeiros.
Mais adiante uma pequena cratera se formou em um dos lados na Avenida das Fronteiras. O asfalto pode ceder se chover mais, a erosão foi provocada pela água. Na Avenida Pompeia, em frente a um colégio particular, a faixa de pedestres está apagada. Um buraco com um pedaço de pau e um pano vermelho são os únicos avisos aos motoristas. “As crianças correm riscos se passar aqui”, reclamou um pai. Na Moema Tinoco, os buracos são praticamente incontáveis. A parte mais crítica está no cruzamento da via com a Avenida Açude Santa Rita de Cássia, vizinho ao cemitério do Pajuçara. Convém destacar que o local é uma rota dos turistas que passam ali de buggy rumo a Genipabu e litoral Norte do Estado.
Na Zona Sul, o desnível mais aparente está na Av. Ayrton Senna e também há buracos na Av. Sen. Salgado Filho, em Lagoa Nova. O mais incômodo está entre o shopping Midway Mall e o Campus Natal-Central do IFRN. “Não é muito grande, mas é preciso atenção pra desviar, senão a gente bate no carro ou na moto que está do lado”, lembrou o motoqueiro Fernando César. Na Zona Oeste, o corredor asfáltico que segue para a Zona Norte tem muito desnível e alguns buracos, especialmente no final da avenida Bernardo Vieira e na Felizardo Moura, bairro Nordeste. Neste trecho, não há muita opção de desvio porque o fluxo de carros, motos e ônibus é intenso a maior parte do dia.
Prefeitura promete “operação tapa buracos”: A prefeitura reconhece o problema e promete uma operação tapa-buracos, como é mais conhecido o recapeamento asfáltico. O secretário-adjunto de conservação da Secretaria de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Francisco Júnior, informou que a equipe do quadro de servidores do município que cuida disso é pequena, mas tem feito o que é possível. “Quando aparece uma cratera a gente faz um paliativo para não prejudicar o trânsito”, disse. No ano passado a prefeita Micarla de Sousa (PV) firmou contrato de R$ 10 milhões com a Caixa Econômica Federal para recuperar a pavimentação nos asfaltos considerados mais antigos e que tinham mais buracos em Natal, nas quatro zonas. A contrapartida do município é de 5%.
Francisco Júnior informou que aguarda a chegada dessa verba. Por enquanto ele disse que está acelerando o processo licitatório para reiniciar o recapeamento. “De antemão também estamos licitando um novo lote de contratações para a operação tapa-buracos. Já fizemos a [licitação] dos paralelepípedos e agora vamos fazer as [licitações] de asfalto. Algumas empresas ainda continuam operando com o contrato antigo, especialmente na Zona Leste, ali pela Rua Seridó”, observou.
Ele também lembrou que, apesar de haver o problema nas avenidas Felizardo Moura e no corredor Moema Tinoco/Tocantínea/Fronteiras (Zona Norte) essas vias já vão receber recursos consideráveis para se tornar corredores-modelos. “A Felizardo Moura está prevista no projeto de mobilidade da Copa e essas outras serão duplicadas no projeto do Pró-Transporte. Vamos fazer apenas paliativos. Senão é jogar dinheiro fora”, conclui o secretário.
Foto: Carlos Santos (Diário de Natal)
Fonte: Diário de Natal