Greve no transporte público virou moda no país e moeda para aumento de salário

Os sindicatos não se entendem com os patrões e governos e quem paga a conta é o cidadão brasileiro. A situação é de caos para o trabalhador que precisa do transporte público nas principais capitais do país. No Recife, a greve do Metrô passou dos dez dias sem negociações. Poderia ficar pior se nos horários de maior movimento, o Metrorec deixasse de funcionar normalmente. Na capital pernambucana cerca de 260 mil passageiros são atingidos pela paralisação.

O Sindimetro-PE informa que a categoria quer uma reposição salarial de 5,13%, que é o índice da inflação entre 2011-2012, e plano de saúde. O sindicato conta ainda que o governo propõe congelamento dos salários e benefícios e que já ocorreram três rodadas de negociação e nada foi acertado. Os funcionários que aderiram à greve dos metroviários, segundo a CBTU, são os relacionados à manutenção, administração e os que trabalham nas estações.

Em Salvador, a greve dos rodoviários durou quatro dias. A população precisou acordar ainda mais cedo para não chegar atrasada no trabalho. A espera pela condução chegava a durar quase 1h um dos pontos da Avenida Paralela.

A paralisação intermunicipal dos rodoviários foi anunciada na tarde de terça-feira (22), após uma reunião da categoria com empresários no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Uma nova rodada de negociação está prevista para o início desta semana e até lá a categoria deve manter a paralisação.

Os rodoviários pedem 14% de aumento, mas aceitam negociar a proposta de 8% sugerida pelo Ministério Público e Secretaria do Trabalho.

Em Belo Horizonte, os metroviários decidiram manter a greve iniciada em 14 de maio, após a realização de uma assembléia na Estação Vilarinho, na Região de Venda Nova. A paralisação continua há mais de dez dias, o que prejudica 215 mil pessoas que utilizam o metrô e moram em BH e Região Metropolitana.

De acordo com o secretário financeiro do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Sérgio Leôncio, a categoria aguarda o ajuizamento do dissídio coletivo no TST, que vai julgar as reivindicações da categoria em âmbito nacional.

Finalmente em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin, classificou a greve dos metroviários e dos trabalhadores da CPTM de “político-eleitoreira”. Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, o governador disse que a população está sendo “punida” pela paralisação.

Alckmin afirmou que a greve é promovida por um “grupelho radical com motivação político-eleitoral, prejudicando a população”. O governador ressaltou que os grevistas descumprem uma decisão da Justiça do Trabalho que determinou que fosse mantida 100% da operação do Metrô no horário de pico.

Fonte: O repórter.com

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