O presidente de vendas e marketing de caminhões do Grupo Volvo na América Latina, Roger Alm, estava eufórico na manhã de 16 de fevereiro deste ano, ao anunciar, em São Paulo, os números do desempenho da mon-tadora ao longo de 2011. “Foi o nosso melhor resultado desde que nos instalamos no Brasil”, comemorou Alm, informando que no ano passado foram vendidos no mercado latinoamericano 25.213 caminhões da marca Volvo. Considerado somente o mercado brasileiro, continuou o executivo, foram comercializadas 8.203 unidades do modelo FH 440cv e 6.027 unidades do modelo VM. Com isso, a marca Volvo atingiu a participação de 17,1% no Brasil. “Estamos extremamente orgulhosos desse desempenho”, afirmou, explicando que os caminhões Volvo “têm grande aceitação no mercado por sua alta produtividade, resistência e baixo consumo de combustível, atributos que garantem maior rentabilidade ao transportador”.
Na mesma linha de comemoração, Bernardo Fedalto, diretor comercial de caminhões da Volvo no Brasil, informou que pelo terceiro ano consecutivo o FH 440cv foi o caminhão pesado mais vendido no País (8.203 unidades). Acrescentou que também o modelo VM “continua conquistando o transporta-dor brasileiro”, e exemplificou com a venda de 6.027 unidades desse veícu-lo em 2011. Por sua vez, o gerente de caminhões pesados e semipesados da linha VM, Reinaldo Serafim, fez as con-tas: em 2010, haviam sido vendidas 4.274 unidades do veículo; portanto, a comercialização do VM cresceu 41% no período, enquanto a evolução do mer-cado para esse segmento registrava 18,5%. Sérgio Gomes, diretor de estra-tégia e desenvolvimento de negócios de caminhões da Volvo Latin America buscou explicação mais abrangente: “Somos líderes em fornecimento de tecnologias e soluções para aumentar a produtividade do transportador.” E citou, como exemplo, a caixa I-Shift, que já está em 80% das vendas na linha F de caminhões.
Ônibus: Na mesma oportunidade, Luis Pimenta, presidente da Volvo Bus Latin America, conhecido por seu otimismo, citava os números de sua área: 3.652 ônibus vendidos na América Latina no ano passado, ou 153% a mais que o volume alcançado em 2010. Em seguida, aproveitava para lembrar que, pelo quinto ano consecutivo, a divisão de ônibus da Volvo aumentou seu market share no País, chegando a 23%, ou mais seis pontos percentuais na comparação com 2010.
Pimenta destacou o fato de a comercialização de ônibus pesados urbanos também ter aumentado substancialmente. Em 2010, haviam sido vendidos 906 chassis; em 2011, quase o triplo: 2.600 unidades. No que respeita aos ônibus rodoviários, as vendas saíram de 535 chassis em 2010 para 1.046 unidades no ano passado. Vários fatores contribuíram para a forte evolução das vendas de ônibus, segundo o executivo, mas ele preferiu acentuar o fato de que a Volvo tem aumentado continuamente a oferta de produtos. “Expandimos a nossa linha. Atualmente temos chassis de ônibus pesados urbanos e rodoviários para todos os segmentos. São chassis convencionais, articulados e biarticulados”, esclareceu.
Demanda elevada: Na avaliação por segmento, Luis Pimenta registrou o incremento nas vendas de rodoviários no Brasil por conta do processo de renovação de frota das empresas que operam no setor e independentemente das discussões em torno de uma futura licitação de 1.967 linhas interestaduais. Segundo ele, entre os fatores que poderiam justificar o maior volume de pedidos registrado ao longo de 2011, não foi tão significativa a antecipação das compras em função dos preços um pouco mais altos das novas tecnologias exigidas a partir de 2012. Seja como for, na previsão do presidente da Volvo Bus Latin America, em 2012 o mercado de ônibus vai manter uma demanda elevada. Pimenta está particularmente animado com a receptividade encontrada pelo chassi B270 F, lançado no ano passado, e com o qual a Volvo rompeu o tabu de jamais haver produzido no Brasil um chassi urbano com motorização dianteira. Com o novo produto, a montadora pretende atender o mercado de urbanos semipesados e o setor de fretamento.
Previsão idêntica, mas para os caminhões, foi feita por Bernardo Fedalto. Segundo ele, 2012 “será o segundo melhor ano da Volvo em caminhões pesados, ficando apenas um pouquinho abaixo do ano passado”. Isso, apesar da introdução das novas tecnologias destinadas a atender as exigências da norma Proconve P7, que resultaram em algum encarecimento dos novos ônibus e caminhões.
Fedalto justifica sua confiança: “O mercado brasileiro se adapta muito bem às novas tecnologias. Nós gostamos da modernidade”.
Fonte: Revista ABRATI