Os motoristas e cobradores do sistema de transporte coletivo de Natal ameaçam paralisar suas atividades, no prazo de 72 horas, ou seja, a partir deste domingo, 13, caso as empresas de ônibus “continuem intransigentes em negociar as reivindicações da categoria”.
Em nota veiculada nos jornais, a direção do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro-RN) informa que a greve, “por tempo indeterminado”, não alcança os profissionais que trabalham em Mossoró. “Esperamos contar com o apoio de toda a sociedade potiguar, já que fomos bastante pacientes com as negociações”, diz a nota do Sintro-RN. A categoria reivindica reajuste salarial de 14,13%.
O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município de Natal (Seturn) reconhece em outra nota, “o momento de dificuldades enfrentadas com a negociação da convenção coletiva de trabalho com o Sintro”.
Na nota, o Seturn informa que a data base dos trabalhadores do setor de transporte coletivo, que transcorre agora em maio, já foi garantida na primeira reunião, ocorrida na segunda-feira, dia 7, na Superintendência Regional do Trabalho e do Emprego (SRTE).
“Apesar da expectativa de uma negociação sem maiores embates, fomos surpreendidos com uma nota do Sintro, informando à população da cidade a respeito de uma paralisação nos serviços de transportes”, diz a nota do Seturn, que acrescentou ainda, “negando a prática salutar da negociação, frustrada já na segunda reunião”.
As sete empresas que operam, como permissionárias, o sistema de transporte coletivo em Natal, reafirmam o compromisso “de continuar o processo de negociação até 31 de maio”, como foi afirmado na reunião conciliatória ocorrida ontem, sob a mediação da Superintendência do Trabalho e do Emprego.
Para preservação do serviço prestado à população, o Seturn apela, na nota, para que o Sintro somente “se utilize da medida extrema de greve”, após esgotadas todas as possibilidades de negociação, “inclusive em razão da participação da gestão municipal nas próximas reuniões conciliatórias”.
Com informações: Tribuna do Norte e Diário de Natal