Hospital. Hipermercado. Instituição de caridade. Sede de um órgão que recebe doação de sangue. Faculdade particular. A segunda maior floresta urbana do Brasil. Quartel do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar. Vários estabelecimentos comerciais. Este é o panorama da Avenida Alexandrino de Alencar, uma das mais importantes vias da cidade. Cortando os bairros do Alecrim, Tirol, Lagoa Nova e Nova Descoberta, tem grande importância no cenário socioeconômico da capital potiguar.
Obviamente, uma via como essa devia ter um excelente atendimento do transporte público. Certo?
Errado! Atualmente, a Alexandrino de Alencar só é acessível, praticamente, de carro, uma vez que ir para algum ponto da Avenida de ônibus é uma aventura.
E isso foi comprovado por uma reportagem do UNIBUS RN nesta semana. O fato mais estarrecedor foi à permanência da equipe em vários trechos da Avenida por uma hora, durante a noite, e não viu nenhum ônibus municipal se quer. Nenhum!
Imagine, caro leitor, a situação de quem trabalha, estuda, vai a um hospital ou a outro compromisso qualquer naquela Avenida. Seguramente, é um exercício de paciência a espera por um ônibus.
A situação só não é pior pelo fato de praticamente todas as linhas semiurbanas que trafegam pelo Centro estarem sendo atendidas, provisoriamente, por esses ônibus – eles têm o itinerário normal passando pelo Viaduto do Baldo que, atualmente, está parcialmente interditado. Mas, apesar disso, é uma falsa sensação de movimento: algumas das linhas não aceitam a integração temporal do Natal Card; Outras nem o recebem.
Infelizmente, o usuário fica de mãos atadas. Só lhe restam os pés e uma boa dose de fôlego para se locomover nessa que é uma importante via de Natal.
Enquanto isso, as empresas que operam linhas nessa Avenida (Riograndense – 28; Cidade do Natal – 57; Reunidas – 68), pelo visto, não entendem que a demanda que vai para a Alexandrino de Alencar aumenta a cada dia. Cada vez mais, se vê ônibus abarrotados e que demoram a passar.
Assim, voltamos a velha tecla da licitação, que a cidade tanto aguarda. Espera-se que vias que hoje tem uma grave deficiência no transporte público, que é o caso da Alexandrino de Alencar, sejam privilegiadas com mais linhas e com frotas maiores. Afinal de contas, Natal não se resume, em se tratando de transporte público, a seis corredores.
Mas, como o edital ainda não saiu, bem que as empresas que operam linhas nesta importante via de Natal podiam melhorar a situação de quem depende delas para ir a Alexandrino de Alencar. O aumento de frota e a melhoria do quadro de horários já é um bom começo.
Se tais medidas forem mesmo tomadas, agora ou com uma licitação, quem precisa ir a Alexandrino usando o ônibus irá agradecer bastante. Com certeza, a via, que leva um nome de um Almirante da Marinha, se tornará um mar de tranquilidade.