O Governo do Estado aguarda o “sinal verde” da Caixa Econômica Federal que, por sua vez, depende de uma Resolução que será publicada pelo Ministério das Cidades. Como a matriz foi autorizada como empréstimo, até que o Governo do Estado dê entrada nas últimas documentações junto à CEF e a Secretaria de Planejamento se habilite ao empréstimo deverá levar pelo menos mais quatro semanas. Segundo a secretária de Infraestrutura, Kátia Pinto, os projetos serão desenvolvidos através de parceria com o Governo Federal, principalmente na questão do financiamento. O governo federal dá apoio e agilidade, mas as obras são tocadas pelos estados, com recursos a fundo perdido. Além de aguardar a liberação pela CEF, a Secretária está conversando com o Idema e Prefeitura sobre licenciamento ambiental.
“Quanto ao projeto, não existe nenhum questionamento, mas as etapas burocráticas têm que ser cumpridas. Estávamos dependendo da publicação da matriz de responsabilidades da Copa, agora o Governo do Estado vai cair em campo para obter logo a aprovação da caixa”, disse a secretária. O valor de R$ 320 milhões correspondem às três intervenções de competência do Governo do Estado. A maior parte do valor estabelecido para essas obras de mobilidade será destinado para a avenida Roberto Freire, que terá garantidos R$ 220 milhões.
Mudanças garantem melhor tráfego: Segundo Kátia Pinto, as mudanças no projeto original da avenida Roberto Freire vão dar mais mobilidade à via que recebe uma demanda em torno de 107 mil veículos por dia e o crescimento de 7% ao ano. Ela explicou que as mudanças ocorreram devido o projeto original não ter um estudo de tráfego e demanda e quando foi feito verificou-se que essas ações não iriam resolver a questão do trânsito nessa avenida. “Daí foi pensado em um novo projeto que só foi concluído em 2011, o que implicou em aumento de recursos, porque o que havia sido solicitado pelo governo passado não atendia na sua totalidade os investimentos necessários à implantação da obra”.
No projeto antigo da avenida Roberto Freire, estavam previstas três intervenções pontuais, através de três viadutos nos trechos da Airton Senna, Gunnar Vingren e Via Costeira. Em lugar dos viadutos, o projeto novo prevê túneis. De acordo com a secretária, a substituição preza pelo embelezamento vinculado à valorização do comércio porque na hora que se implanta um viaduto pode tirar o acesso ao comércio local, como aconteceu com o Viaduto do 4º Centenário, onde várias lojas foram fechadas. “Já no momento que rebaixamos a via, proporcionamos o embelezamento e não mexemos com as construções ao lado, não precisando desapropriar e não mexemos no comércio”.
A nova reestruturação foi feita nos 4 quilômetros da avenida começando na Ayrton Senna até a feirinha de Ponta Negra, incluindo vias expressas, ciclovias, corredores exclusivos para ônibus, além do aumento das faixas de rolamento que passaram de 6 para 12. A obra levará de 20 a 24 para ser concluída e poderá extrapolar o início da Copa de 2014, mas isso não preocupa a secretária. Para ela, o importante é que até essa data a obra esteja com funcionalidade, não precisa necessariamente estar concluída.
Fonte: Diário de Natal