“[Se conseguirmos] menos que a metade, eu perco meu emprego”, brinca o presidente da Volvo Bus América Latina, Luis Carlos Pimenta.
Os 4.000 veículos a serem disputados são destinados ao Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Belo Horizonte. No ano passado, a Volvo venceu licitações em Curitiba, Manaus e Goiânia, e recebeu R$ 35 milhões por 700 veículos.
Os planos da montadora, líder no mercado de BRTs (sistema de ônibus em corredores exclusivos) no Brasil, com 60% de participação, incluem não só as subsedes da Copa como todas as cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes – habilitadas para receber verbas federais do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade.
“A gente não vende a Volvo. A gente vende um sistema organizado de transporte”, afirma Pimenta, em referência ao BRT.
Nesta semana, a empresa dá início a uma caravana que passará por 54 cidades brasileiras, para exibir os ônibus da Volvo – e as supostas qualidades do BRT – aos potenciais clientes, inclusive prefeituras.
A visita aos administradores políticos, diz Pimenta, “é parte do dia a dia” da montadora. “Nós apresentamos as ideias; eles [políticos] fazem as decisões”.
Para Pimenta, o BRT foi subaproveitado nas sedes da Copa. “Foi dada preferência a veículos sobre trilhos, ou metrô, que custam até dez vezes mais. É parte do jogo; é cabeça de político”.
Além do setor de ônibus urbanos, a Volvo pretende investir fortemente no segmento rodoviário neste ano. Nesta quinta-feira (12), a empresa apresentou sua nova linha de chassis, com 14 modelos de ônibus – seis deles rodoviários.
Foto: Volvo
Fonte: Jornal Floripa (SC)