A companhia aposta que este ano o mercado doméstico de micro-ônibus será igual ao de 2011, com 7,5 mil unidades. Neste cenário, a Volare pretende repetir o número do ano passado, de 4,7 mil veículos vendidos no País. O primeiro bimestre foi positivo, ainda impulsionado pelo emplacamento de modelos Euro 3. Milton Susin, diretor da empresa, afirma que o estoque de 700 veículos acabou no início de março. Foram comercializados ainda outros 100 ônibus Euro 5.
Depois do acelerado início de ano, a fabricante espera arrefecimento no segundo trimestre. “Todo mundo fala de antecipação das compras, mas ninguém cita a postergação de compras”, lembra o executivo. Segundo ele, até o meio do ano os clientes devem se manter em compasso de espera, sem a opção por adquirir ônibus Euro 5, mas ainda aguardando a consolidação do Proconve P7, com ampliação da distribuição de diesel S50 e do reagente catalítico Arla 32.
Já no segundo semestre a demanda deve voltar a ficar aquecida. “As compras não podem ser adiadas para sempre”, lembra. A expectativa está relacionada à definição do Finame Verde, linha de financiamento voltada aos veículos com a tecnologia de emissões (leia aqui). O objetivo seria amortecer o impacto do aumento de preço dos novos caminhões e ônibus. A oferta do crédito, no entanto, ainda não foi confirmada.
Euro 5: Cummins e MWM International são as fabricantes dos motores Euro 5 com sistema SCR de tratamento de gases que equipam os novos micro-ônibus da Volare. Os veículos tiveram ganho superior a 10% em potência. Além do propulsor, a única mudança na linha foi a grade dianteira, que ganhou novo desenho para identificar as unidades com a tecnologia de emissões.
Desde o início de 2011 a companhia treina a rede de concessionárias para comercializar os modelos. Entre os argumentos de venda está a durabilidade até 20% superior e o intervalo maior entre as revisões. Além disso, a empresa garante que os novos veículos têm consumo de combustível entre 8% e 12% menor. O investimento em Arla 32, solução necessária para fazer funcionar o sistema SCR, abate parte da economia. Ainda assim, a fabricante garante que há redução de 2% a 3% nos custos.
Fonte: Automotive Business