O transporte coletivo de Natal vive uma nova era. Muito se especulou que um grande grupo paraibano pudesse ‘dominar’ Natal, assim como o fez em João Pessoa. Mas não! Quem levou a melhor foram os pernambucanos. Não só um, mas dois grupos agora detêm duas grandes empresas de Natal: A Itamaracá/Cidade Alta respondem pela Nossa Senhora da Conceição e a Empresa Metropolitana/Caxangá é responsável pela gigante Guanabara.
Bem mais que o marco social e as inovações e renovações prometidas, a venda caracteriza o RN como o novo império pernambucano. Em discussões, comentários e até repercussão social, se têm questionado o que levou essas empresas a serem vendidas. A resposta é simples: Sorte. Simplesmente sorte. Empresários de todo Brasil estão interessados em fatias do bolo potiguar, porém a venda em sociedade (ambas as empresas vendidas foram em cerca de 70%) não agrada qualquer empresário. Os pernambucanos deixaram a ambição de lado e foram rápidos no gatilho e agora renovam as frotas todo vapor, já de olho na licitação.
Falando em licitação, esse é um dos motivos que interessa grupos de fora nas empresas de Natal. Mesmo sem informações oficiais da Secretaria de Mobilidade Urbana – SEMOB, as atuais empresas do sistema deverão continuar pós-licitação, e de acordo com seus históricos (renovações, cumprimentos de horários, quebras dos veículos, etc.), receberão as linhas. Por isso também está sendo mudado o ‘jeito de se fazer transporte’ nessas empresas, com renovações e melhorias no sistema operacional. Os empresários querem, a todo custo, prevenir ao invés de remediar. Bom para os usuários!
Resta saber se a qualidade operacional pernambucana, já testada, comprovada e aprovada na Trampolim da Vitória (que melhorou significativamente a empresa por um todo), melhorará também as empresas locais e de grupos de outros estados que atuam aqui. Esperemos que sim!
Thiago Martins